domingo, 29 de junho de 2014

Três iniciativas brasileiras vencem prêmio global da ONU de serviço público

24 de junho de 2014
Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU
Assembleia Geral da ONU. Foto: ONU

Um projeto na esfera federal e dois na esfera estadual – Rio Grande do Sul e Pernambuco – estão entre os contemplados com um prêmio global da ONU que reconhece projetos inovadores no combate à pobreza e na promoção do desenvolvimento sustentável. A cerimônia de premiação ocorrerá esta semana, de 23 a 26 de junho, durante um encontro em Seul, na Coreia do Sul.

O Fórum, o Dia e a Cerimônia de Premiação das Nações Unidas para o Serviço Público vão homenagear 19 iniciativas de 14 países que se destacaram por projetos de implementação de soluções inovadoras visando à melhoria da prestação de serviços públicos e à promoção do desenvolvimento sustentável.

Um dos prêmios foi destinado ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e à Secretaria-Geral da Presidência da República, para a iniciativa “Fórum Interconselhos”, que estimula a participação social no monitoramento dos Planos Plurianuais (PPA). No último PPA, foram apresentadas 629 contribuições da sociedade civil, das quais 77% foram incorporadas integralmente. Como inovação, foi constituída uma instância de monitoramento do PPA pela sociedade civil – o Fórum Interconselhos –, que reúne periodicamente representantes dos diversos conselhos para avaliar o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidas.

Já o Governo do Estado do Rio Grande do Sul foi premiado com o projeto “Central do Cidadão, Transparência e Acesso à Informação: uma política de Estado no Governo do Rio Grande do Sul”. A iniciativa diz respeito ao portal “Central do Cidadão” e às ferramentas implementadas pelo governo gaúcho para atender as determinações da Lei de Acesso à Informação.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco também receberá a premiação, por meio do projeto “Programa Mãe Coruja Pernambucana”, cujo objetivo é garantir uma boa gestação e um bom período posterior ao parto, além de promover o direito das crianças a um nascimento e desenvolvimento saudável.
“A celebração anual do Dia das Nações Unidas para o Serviço Público destaca as valiosas contribuições dos funcionários públicos e administradores em nossos esforços para construir um mundo melhor para todos”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Em um momento de desafios globais complexos e interdependentes, uma governança eficaz e uma administração pública eficiente são fundamentais para cumprir os nossos objetivos de desenvolvimento. Eles também serão vitais para a implementação da agenda de desenvolvimento pós-2015.”

Os Prêmios das Nações Unidas para o Serviço Público homenageiam projetos que combatem a pobreza e promovem o desenvolvimento sustentável. Os vencedores serão apresentados às delegações de todo o mundo durante uma cerimônia de premiação de alto nível na próxima quinta-feira, dia 26 de junho.
 
“Essas instituições vencedoras demonstram os princípios que apoiam uma governança transparente, responsável e colaborativa. Elas têm explorado novos caminhos para melhorar o papel da governança participativa e responsável para o desenvolvimento sustentável”, disse Wu Hongbo, subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, que vai abrir a cerimônia.

Os projetos vencedores deste ano envolvem a melhoria da educação; o aumento do acesso à água potável nas zonas rurais; a melhoria do acesso e da qualidade da saúde; a integração de dados governamentais, incluindo os sistemas de segurança social; o aumento da transparência através de um maior acesso à informação para os cidadãos; e a redução da taxa de mortalidade infantil, entre outros esforços.

Os vencedores são dos seguintes países: África do Sul, Áustria, Barein, Brasil, Camarões, Cingapura, Coreia do Sul, Espanha, Índia, Marrocos, Omã, Tailândia, Turquia e Uruguai.

Fórum de Serviço Público sobre Governança e Inovação
O Fórum de Serviço Público da ONU deste ano vem em um momento em que os governos estão fazendo um balanço dos progressos, obstáculos e desafios enfrentados e consolidando os seus esforços para alcançar a prestação de serviços eficiente e equitativa como forma de melhorar o padrão de vida dos seus cidadãos. O tema deste ano é “Governança e inovação para o desenvolvimento sustentável e o bem-estar das pessoas”.

Cerca de mil participantes são esperados para participar, incluindo personalidades de alto nível, ministros, funcionários do alto escalão dos governos e representantes da sociedade civil, da academia, do setor privado e de organizações internacionais e regionais.

O Fórum e o Prêmio são apoiados pelo Governo da Coreia do Sul e organizados pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), em parceria com a ONU Mulheres e o Centro Global para a Excelência do Serviço Público do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entre outros.

Em 2003, a Assembleia Geral da ONU designou o dia 23 de junho como o Dia das Nações Unidas para o Serviço Público. O Fórum, o Dia e a Cerimônia de Premiação sobre o tema visam a apoiar a realização dos objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Mais informações
Todas as informações sobre os projetos vencedores estão disponíveis, em inglês, clicando aqui.
Para mais sobre o Prêmio da ONU para o Serviço Público, incluindo as edições anteriores, acesse www.unpan.org/unpsa

Contatos de imprensa
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Valéria Schilling e Gustavo Barreto
Telefone (21) 2253-2211 e (21) 98202-0171 | (21) 98185-0582
E-mail unic.brazil@unic.org | valeria.schilling@unic.org | barretog@un.org

DESA/DPADM
John-Mary Kauzya: kauzya@un.org, +1 212-963-1973
Xiao Wang: wang22@un.org, +1 212-963-0732




As 13 previsões mais catastróficas, e furadas, sobre a Copa no Brasil

27/06/2014 - Copyleft
 
É hora de relembrar, com algumas boas gargalhadas, as previsões mais pessimistas e catastróficas feitas por cartomantes de plantão que previram o caos.
 


Najla Passos
 
Arquivo
A Copa do Mundo não resolveu e não irá resolver todos os problemas do país. Aliás, nem é esta a função de um evento esportivo privado. Mas que o mundial atrai turismo e investimentos externos, não há mais dúvidas. Como também não há nenhuma de que ele mexe com autoestima de um país incentivado durante séculos a cultivar um inapropriado “complexo de vira-latas”!


Por isso, agora que o sucesso do evento já é reconhecido em todo o mundo, que o país já provou que pode ser organizar uma bela copa e que os turistas e os investimentos estrangeiros continuam chegando, é hora de dar boas gargalhadas com previsões mais pessimistas  feitas pelas cartomantes de plantão que tanto torceram contra a realização do mundial.

Das adivinhações às avessas do mago Paulo Coelho à mudança de planos da cineasta que fez sucesso afirmando que não viria ao Brasil, dos prejuízos contabilizados pelo tucanato ao delírio do protesto do chuveiro no “modo quentão”, do mau-humor da imprensa estrangeira à campanha permanente da Veja, confira as 13 previsões mais catastróficas – e furadas – sobre a Copa do Mundo no Brasil!


1 – O mago Paulo Coelho: “A barra vai pesar na Copa do Mundo”

Em entrevista à revista Época, publicada em 5/4/2014, o mago, guru e escritor Paulo Coelho, que mora na Suíça, disse que não viria ao Brasil assistir aos jogos da Copa do Mundo nos estádios, apesar de ter sido presenteado com os ingressos pela FIFA. “A barra vai pesar na Copa. A Copa será um foco de manifestações justas por um Brasil melhor. Os protestos vão explodir durante os jogos porque vai haver mais gente fora do que dentro dos estádios”, afirmou.

O Mago, que “previra” que o Brasil ia ganhar a Copa das Confederações, evita arriscar o resultado para o mundial. E apresenta certezas já desconstruídas pela realidade, como a de que o Brasil deveria disputar a final com a Espanha, eliminada na 1ª fase: “Agora não sei. Certamente o Brasil irá à final com a Alemanha ou a Espanha, duas seleções fortíssimas nesta Copa. A Argentina não. A Suíça vai surpreender. Eu ousaria dizer que a Suíça vai para as quartas. No futebol, você tem que ser otimista, não tem outra escolha. O Brasil tem chances de não ganhar”.

2 – Arnaldo Jabor: “A Copa vai revelar ao mundo a nossa incompetência”

No dia 6/6/2014, às vésperas da abertura da Copa, o cineasta Arnaldo Jabour, em comentário para a Rádio CBN, ainda insistia no pessimismo em relação à Copa, com o objetivo claro de influir no processo eleitoral de outubro. “Nós estamos jogando fora a imensa sorte que temos, por causa de dogmas vergonhosos que não existem mais. Estamos antes do Muro de Berlim e a Copa do Mundo vai revelar ao mundo a nossa incompetência”, afirmou.

3 – Veja: “Por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”

Em 25/5/2011, a Veja previu o fracasso da Copa do Mundo no Brasil. E com a ajuda da matemática, uma ciência que se diz exata desde tempos imemoriais. Na capa, a data da logo do mundial era substituída por 2038. O intertítulo explicava: “Por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”.

De lá para cá, foram muitas outras matérias, reportagens e artigos anunciando o fracasso do mundial. E mesmo com o início dos jogos, com estádios prontos e infraestrutura à altura do desafio, a revista estampou, na edição desta semana, uma nova catástrofe iminente: “Só alegria até agora - Um festival de gols no gramado, menos pessimismo nas pesquisas, mais consumo, visitantes em festa e o melhor é aproveitar, pois legado duradouro, esqueça”.

Melhor mesmo é torcer para que, quem sabe até 2038, a Veja aprenda a fazer jornalismo!
           
4 – Cineasta brasileira radicada nos EUA: “Não, eu não vou para a Copa do Mundo”

Em junho de 2013, a cineasta brasileira Carla Dauden, radicada em Los Angeles, nos Estados Unidos, fez sucesso na internet com o vídeo “No, I’m Not Going to the World Cup” (“Não, eu não vou para a Copa do Mundo”), que alcançou quatro milhões de curtidas. Mas antes mesmo da bola começar a rolar nos gramados brasileiros, a ativista já era vista circulando pelo país.

No Twitter, ela justificou a abrupta mudança de planos: “Não vim para ver a Copa, vim para falar dela. A Copa nunca vai ser a mesma para os brasileiros. As pessoas não vão se esquecer do que acontecerá por aqui”, diagnosticou, antes da abertura. A frase, de fato, parece fazer sentido. Mas por motivos opostos do que aqueles que a ativista advoga!

5 - Protesto do chuveiro no “modo quentão” vai causar apagão!

Até bem pouco tempo antes do início da Copa, eram muitos os setores que insistiam no risco iminente de blackout no país, da oposição à imprensa monopolista. Um grupo de internautas, porém, levou as ameaças infundadas a sério e decidiu criar uma página no Facebook destinada a acelerar o caos: usar os jogos da Copa para provocar um apagão generalizado no Brasil e, assim, boicotar a realização do evento.

A estratégia definida foi a utilização sincronizada dos chuveiros no “modo quentão”. “Chuveiros devem ser ligados na hora dos hinos nos jogos. A carga elétrica anormal derrubará a energia em bairros, cidades, regiões, estados e o país inteiro, em efeito dominó. Acompanhem os hinos por rádio, para maior garantia de sincronização”, diz a descrição do evento que conquistou pouco mais de 4,5 mil curtidas.

Dado o fracasso do evento, a página agora é utilizada para a troca de memes contra o PT, a esquerda e as pautas sociais e progressistas!

6 – Marília Ruiz: “Vai ser um vexame. Um vexame!”

No dia 26/1/2014, a TerraTV publicou um comentário da jornalista esportiva Marília Ruiz em que ela previa que, se o Brasil conseguisse realizar a Copa, já seria uma grande vitória. A antenada comentarista até admitia que os estádios ficariam prontos. Mas sem qualidade: "Se eu sentaria o meu corpinho numa cadeira recém colocada, com um parafuso a menos? Eu não sei”.

Do alto de sua experiência em cobertura de outras copas e de um etnocentrismo latente, ela também alertava que, mesmo fazendo sua Copa após a da África, o país passaria vergonha. “Eu achei que a gente ia passar vergonha, que nós, brasileiros, que o país ia passar vergonha. Aí eu pensei, é até um alento porque a Copa do Brasil vai ser depois da Copa da África: ninguém vai lembrar muito como foi na Alemanha. Muito menos as pessoas vão lembrar como foi no Japão e na Coreia. E eu posso dizer porque estive lá. É uma vergonha ao cubo!”

Confira o comentário completo e saiba quem é que está passando vergonha!

7 - Álvaro Dias: “O país ficará com mais prejuízo do que lucro”
 
De todas as aves de mau agouro que bravatearam contra a realização da Copa no Brasil, o tucano Álvaro Dias, senador pelo PSDB, foi uma das mais barulhentas. Previu que o governo amargaria um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões com a realização do evento, que os turistas não apareceriam, que os aeroportos não ficariam prontos e não dariam conta do fluxo de passageiros.
 
 
“O legado da copa do mundo me parece ser um grande fracasso. O país ficará com mais prejuízo do que lucro”, disse ele em entrevista à TV Senado, publicada no Youtube em 7/8/2013. Agora que os turistas chegaram, os investimentos estrangeiros entraram e o país tá fazendo bonito em mobilidade e infraestrutura, o senador desapareceu por completo do noticiário. Não se sabe se está esperando o evento acabar para profetizar outro apocalipse ou aproveitando as férias para curtir os jogos, como fez durante a Copa das Confederações!

8 - Ex-presidente FHC: “A Copa do Mundo como símbolo de desperdício”

Em artigo publicado no norte-americano The Wold Post, em 21/1/2014, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso se referiu à Copa como símbolo do desperdício de dinheiro público. Tal como seu companheiro Álvaro Dias, perdeu a chance de ficar calado.  Segundo a Fipe, só a Copa das Confederações rendeu R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro. A projeção de retorno da Copa é de R$ 30 bilhões. A Apex-Brasil, aproveitando a Copa do Mundo, trouxe ao Braisil mais de 2,3 mil empresários estrangeiros, de 104 países. A agência estima trazer US$ 6 bilhões em negócios para o Brasil.

9 - Redação Sport TV: do fracasso ao espírito de porco!

No Programa Redação Sport TV de 22/1/2014, o apresentador deu sonoras gargalhadas ao exibir a foto de um estádio da copa ainda sem gramado e fazer previsões catastróficas sobre o evento. Na edição de 26/6/2014, o tom mudou completamente: um outro apresentador mostrou como a imprensa internacional elogiava o evento e ouviu do entrevistado Ruy Castro: “A nossa imprensa foi rigorosamente espírito de porco antes do evento começar”.

Confira o vídeo com os dois momentos e os dois humores do Sport TV


10 – Governo alemão: “O Brasil é um país de alto risco”

Há seis semanas do início da Copa, o Ministério de Assuntos Exteriores da Alemanha divulgou um relatório pintando uma imagem desoladora do Brasil, descrito como um país ode as leis não são respeitadas e o turista corre o risco de ser roubado, sequestrado e se envolver em conflitos entre policiais e criminosos. O documento listava uma série de cuidados que os gringos deveriam tomar, incluindo atenção redobrada com as prostitutas, apontadas como membros e organizações criminosas, e vigilância contínua com os copos, para não serem vítimas de um “Boa noite, Cinderela”.

Pelo documento, até mesmo a seleção alemã estaria em perigo em terras tupiniquins. E não apenas dentro de campo. “Arrastões e delitos violentos não estão descartados, lamentavelmente, em nenhuma parte do Brasil. Grandes cidades como Belém, Recife, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo oferecem altas taxas de criminalidade”, ressaltava.

O Ministério ainda não divulgou relatórios sobre o número de alemães que vieram ao Brasil e o que estão achando da experiência. Mas quem circula pelas ruas brasileiras, repletas de gringos felizes e sorridentes, já sabe!

11 - Der Spiegel:  “Justamente no país do futebol, a copa poderá ser um fracasso”

 Um dos principais semanários da Europa, a revista alemã estampou, um mês antes do início da Copa, a manchete “Morte e Jogos”, destacando que, justamente no país do futebol, a Copa poderia ser um fiasco, por causa dos protestos, da violência nas ruas, dos problemas do transporte coletivo, dos aeroportos e dos estádios. Praticamente um alerta vermelho recomendando que os europeus não viessem ao Brasil.

Mas os turistas vieram e estão adorando. A imprensa estrangeira também: o jornal norte-americano The New York Times, fala em “imenso sucesso”. O francês Le Monde, em “milagre brasileiro”. O espanhol El País diz “não era pra tanto” para as previsões catastróficas.  A revista inglesa The Economist,  remenda que “as expectativas, que eram baixas, foram superadas”. A própria Der Espiegel, na edição desta semana, dá destaque para a animação da torcida e admite que os protestos em massa ainda não aconteceram.


12 – Ronaldo, o fenômeno: “Da vergonha à constatação de que a Copa é um sonho”

 Na véspera do início do mundial, o ex-atacante Ronaldo se disse envergonhado com os atrasos das obras da Copa. Mas, membro do Comitê Organizador Local da FIFA que é, defendeu a entidade e culpou o governo Dilma por todos os problemas. “É uma pena. Eu me sinto envergonhado porque é o meu país, o país que eu amo. A gente não podia estar passando essa imagem”, disse à Agência Reuters o cabo eleitoral e amigo do senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência.

Agora, consolidado o sucesso do evento, tenta mudar o discurso. Em coletiva nesta quinta (26), procurou se justificar. "Não critiquei a organização da Copa, até porque eu faço parte dela. Disse que poderia ser muito melhor se todas as obras de mobilidade urbana tivessem sido entregues”, remendou. ”Vivíamos um clima muito tenso, com a população muito descontente. Começou a Copa, e agora estamos vivendo um sonho", concluiu.


13 –  O vira vira lobisomem de Ney Matogrosso

De passagem por Lisboa, em 11/5, Ney Matogrosso resolveu usar a Copa para criticar duramente a política brasileira na TV ATP. Só esqueceu de estudar, primeiro, os argumentos. “Se existia tanto dinheiro disponível para gastar com a Copa, por que não resolver os problemas do nosso país?”, disse ele, desconhecendo que, desde 2010, quando começaram os preparativos para a Copa, o governo já investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no mundial – incluindo federais, locais e privados – atingem R$ 25,6 bilhões.

Foi ácido quanto à construção dos estádios que, segundo ele, irão virar “elefantes brancos” e não serão usados para mais nada. Embolou dados, números e fatos em vários argumentos. Acabou sustentando uma visão preconceituosa sobre as classes populares. Questionado se há uma maior consciência dos pobres em exigir seus direitos, concordou: “O escândalo é tamanho que até essas pessoas param para refletir”.

Créditos da foto: Arquivo

Fonte

 

terça-feira, 24 de junho de 2014

Estrangeiros listam dez exemplos que o Brasil poderia exportar

Hábitos tipicamente brasileiros poderiam ser exemplo no Exterior
 
por Laura Schenkel
 
Atualizada em 24/06/2014 | 07h39  - 08/05/2010 | 17h15
   
Estrangeiros listam dez exemplos que o Brasil poderia exportar Gilmar Fraga, Arte ZH/
Os hábitos de higiene dos brasileiros estão
entre os itens lembrados pelos estrangeiros
Foto: Gilmar Fraga, Arte ZH

Quais são os hábitos brasileiros que os estrangeiros gostariam de ver em seus países? Com base nessa pergunta, surgiu esta reportagem, numa proposta similar à dos “Dez exemplos que o Brasil deveria importar”, publicada em 28 de março de 2010. Os exemplos a seguir foram selecionados a partir de entrevistas com mais de 40 pessoas, que visitaram, moraram ou estão no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.

Vale lembrar, é claro, que nenhum dos hábitos é unanimidade entre os viajantes de diferentes países – assim, uma prática pode ser exemplo para uns e não para outros. Tudo depende das experiências de cada entrevistado.
 
Algumas práticas citadas, inclusive, podem causar um enorme estranhamento, uma vez que nós não as imaginamos como exemplares – como o depoimento de uma grega, que gosta do trânsito daqui, por se buzinar muito menos do que em Atenas. Os aspectos mais lembrados estão ligados ao otimismo, riso fácil e afetividade observados no país.

– Os brasileiros, de modo geral, são alegres. Gosto do modo como encaram os problemas, sempre de bom humor – afirma Elaine de La Sierna, 22 anos, administradora, nascida em Cochabamba, na Bolívia. – O brasileiro é afetuoso, cordial, gosta do riso, do contato humano, mas isso é difícil de exportar – afirma o músico uruguaio Saul Garber, 57 anos.

1 - Festas

As festas no Brasil podem até começar mais tarde, mas com certeza duram mais. Em países da Europa e América do Norte, há leis contra vender bebidas alcoólicas depois de determinado horário. Há bares que abrem a partir das 2h, por exemplo, mas esses são bem mais caros.

–Eu adoro o horário das festas no Brasil, em que se volta para casa às 6h ou 7h da manhã. Na Grã-Bretanha, os pubs fecham às 23h ou 24h. Todos bebem o máximo possível até esse horário e ficam bêbados demais – comenta Harriet Francis, 32 anos, advogada.

– Achamos ótimo não ter que se apressar para beber até as 22h45min, como nos pubs britânicos. A única maneira de continuar a noite é ir a uma boate, onde as bebidas são mais caras e muitas vezes se cobra pela entrada – observa Christine Gaylarde, aposentada, 65 anos.

2 - Abraço

O abraço entre amigos ou até desconhecidos foi lembrado por muitos estrangeiros, dos mais diversos países.

– É muito comum esse hábito no Brasil. Tem o abraço entre homens e o abraço mais carinhoso, com as mulheres. Na França, é muito raro, talvez apenas entre a família. Gostei disso. Pode parecer insignificante, mas muda bastante as relações entre as pessoas, seja entre familiares, amigos ou desconhecidos. Quando voltei para a França, abracei meu pai, e ele estranhou – diz Boris Pravda-Starov, 25 anos, estudante, que morou em Porto Alegre.

– O abraço é muito bom. Ele pode melhorar as relações entres as pessoas. Os chineses não costumam demonstrar emoções, especialmente no que se refere à linguagem corporal: ninguém se abraça nem aperta a mão. É uma grande diferença – comenta Liu Da, estudante chinês, chamado de Miguel no Brasil.

3 - Atendimento

Um dos pontos em que houve mais discórdia entre os entrevistados foi o atendimento ao cliente. Britânicos e franceses, por exemplo, não gostam de ser abordados por atendentes em lojas ou supermercados.

Entretanto, o italiano Alessandro Andreini, 40 anos, conta que uma das frases que mais gostou de ouvir em toda a sua vida foi “Você encontrou tudo o que procurava?”, dita pelo caixa do supermercado. Franco Luis Scandolo, 26 anos, argentino que morou na Itália, também ressaltou esse exemplo.

– O atendimento é um ponto forte do Brasil e se destaca pelo profissionalismo e cordialidade – opina ele.

4 - Jeitinho brasileiro

O tão comentado jeitinho brasileiro não fica de fora dessa lista. Latino-americanos, europeus e um sul-africano ressaltaram o lado bom dessa característica.

– Os brasileiros sempre acreditam que há um caminho para se fazer alguma coisa, e isso os leva adiante – aponta Werner Trieloff, 29 anos, contador sul-africano.

– Quando meus pais me visitaram no Brasil, pude perceber melhor como os europeus realmente se estressam quando algo dá errado. Já os brasileiros ficam tranquilos – conta a estudante Ana González, 22 anos, da Espanha.

O filósofo americano Allan Taylor, 26 anos, resume:

– O jeitinho brasileiro explica o sucesso de quase todo brasileiro no Exterior. A improvisação é a grande arte do brasileiro. Na música, por exemplo, como no chorinho ou no samba, há muito espaço para improvisar. Acho que é por isso que o americano não sabe dançar samba nem jogar futebol.

5 - Compartilhar bebidas

Outro costume do Brasil que poderia ser exportado é o hábito de compartilhar bebidas.

– Compartilhar a cerveja, a caipirinha ou o chimarrão diz muito sobre a generosidade do brasileiro. No início, eu tive dificuldade de me acostumar a isso. O guatemalteco se serve no copo e gruda a mão nele até beber tudo – relata Martin de León McMannis, 22 anos.

Na primeira vez em que veio ao Brasil, a francesa Mathilde le Tourneur du Breuil, 32 anos, passou por um constrangimento por não conhecer esse costume:

– Eu estava com uma amiga francesa e nos deram um copo de caipirinha, numa festa. Nós pensávamos que era só para nós. Muito tempo depois percebemos que era para todos – lembra a professora de francês, hoje moradora de Porto Alegre.

– É um hábito bem legal, que funciona tanto com a cerveja, comprada para todos, quanto com o chimarrão – acrescenta ela.

6 - Estrangeiros são bem tratados no Brasil

A alemã Katharina Ockert, 25 anos, estuda na Unisinos. Apaixonada pelo Brasil, “apesar da grande pobreza e criminalidade”, e fã de vários costumes nacionais, ela avalia que os estrangeiros são bem tratados aqui e que os brasileiros esbanjam disposição na hora de ajudar:

– Lembro uma vez em que eu estava no centro, procurando um banco para retirar dinheiro e pedi informações para uma mulher na rua. Pensei que ela talvez poderia me explicar o caminho, mas ela pegou minha mão e me levou até dentro do banco! Fiquei muito feliz de receber uma ajuda tão legal.

A francesa Clémentine Athanasiadis, 19 anos, ressalta a importância dessa característica:

– Todos foram muito receptivos desde que eu cheguei à PUCRS. Isso é muito importante para os estrangeiros, porque nos sentimos um pouco perdidos no começo. As pessoas sempre me dão informações. Com um sorriso no rosto.

7 - Higiene

Os hábitos de higiene dos indígenas surpreenderam os europeus quando chegaram ao Brasil. Não se pode dizer que ainda se toma banho como os nativos do Brasil faziam naquela época, mas essa característica é uma das 10 coisas da qual Graham Gertz-Romach, britânico casado com uma gaúcha, que viveu por 21 anos no Brasil, sente saudades:

– Os brasileiros são muito limpos. Você não encontra tantos americanos ou pessoas do norte da Europa que tomem um banho por dia e escovem os dentes depois de cada refeição.

A francesa Nathalie Touratier, 25 anos, também percebeu isso:

– Eu fiquei surpresa ao ver todos os meus colegas de trabalho escovarem os dentes depois do almoço. É um hábito muito legal. Os franceses, quando estão no trabalho, geralmente mascam chicletes depois do almoço.

8 - Exercícios

Algo impressionante para estrangeiros das Américas e da África do Sul é a prática de exercícios físicos e o cuidado com a boa forma. Mas só é exemplo se não for excessivo, comenta Matthew Bender, 30 anos, tradutor, morador de Porto Alegre há cinco anos:

– A qualquer hora da noite ou do dia, você vê pessoas caminhando, correndo, jogando bola ou andando de bicicleta. Os brasileiros são muito ativos nos esportes, seja em busca de saúde, seja em busca de beleza.

A estudante Elia Arévalo, 24 anos, da Nicarágua, concorda:

– Acho ótimo quando fecham ruas para as pessoas se exercitarem nos finais de semana. Essa inquietude de se exercitar precisa ser exportada para vários países da América Latina.

O boliviano Mauricio Uriona considera que “o culto ao corpo” algo bom, não importa se por motivos estéticos ou de saúde:

– No meu país as pessoas não cuidam de seus corpos.

9 - Carona

O engenheiro francês Manuel Gourmand, 24 anos, não teve dúvidas ao dizer qual é seu costume brasileiro preferido: o de dar (e receber) carona. A prática pode ser planejada por telefone ou mesmo nos bares ou restaurantes, quando se oferece uma carona inclusive para alguém que acabou de se conhecer.

– É uma coisa tão simples, e que, no entanto, não vi pela Europa. Lá cada um pega seu carro, e quem não tem carro, vai a pé. Mesmo se as pessoas vão para lugares muito próximos – explica Gourmand, que atualmente está em Passo Fundo.

– Na Europa isso não ocorre lá nem entre colegas. Ninguém pensa nessa possibilidade.

10 - Almoço
O almoço como principal refeição do dia é um exemplo para um britânico, um holandês e uma neozelandesa.

– Meu país poderia se beneficiar desse hábito. Os kiwis (neozelandeses) tendem a engolir um sanduíche à mesa do trabalho, e ter uma refeição pesada à noite. Mas um jantar mais leve é muito mais saudável – comenta Victoria Joy Winter, 28 anos, analista de marketing e moradora de Porto Alegre.

Um sanduíche no almoço e um lauto jantar também é algo comum na Holanda.

– Aqui é bom porque geralmente se come algo aquecido no almoço. Eu também gosto do bufê a quilo e rodízio – diz o estudante Marnix van.
Fonte

domingo, 22 de junho de 2014

Os 10 maiores micos da Copa

Publicado em 22/06/2014

Cala a boca, Galvão, camarote VIP do Itauuuuu...



O Conversa Afiada reproduz artigo de Najla Passos, extraído da Carta Maior:


Os 10 maiores micos da Copa do Mundo do Brasil


Na Copa do Mundo do Brasil, foram embora pro chuveiro mais cedo aqueles que torceram pelo fracasso do país. Confira alguns micos da elite e da mídia.

Najla Passos
A Copa do Mundo do Brasil ainda não passou da primeira fase, mas já são fartas as gafes, foras e barrigadas do mundial, especialmente fora do campo.

E, curiosamente, elas nada têm a ver com as previsões das “cartomantes do apocalipse” que alardeavam que o país não seria capaz de organizar o evento e receber bem os turistas estrangeiros. Muito pelo contrário.

Os estádios ficaram prontos, os aeroportos estão funcionando, as manifestações perderam força, os gringos estão encantados com a receptividade brasileira e a imprensa estrangeira já fala em “Copa das Copas”.

Confira, então, os principais micos do mundial… pelo menos até agora!


1 – O fracasso do #NãoVaiTerCopa

Mesmo com o apoio da direita conservadora, da esquerda radicalizada, da mídia monopolista e dos black blocs, o movimento #NãoVaiTerCopa se revelou uma grande falácia. As categorias de trabalhadores que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicar suas pautas históricas de forma pacífica preferiram apostar na hashtag #NaCopaTemLuta, bem menos antipática e alarmista. E os que continuaram a torcer contra o evento e o país, por motivações eleitoreiras ou ideológicas, amargam o fracasso: políticos perdem credibilidade, veículos de imprensa, audiência e o empresariado, dinheiro!


2 – A vênus platinada ladeira abaixo

Desde os protestos de junho de 2013, a TV Globo vem amargando uma rejeição crescente da população. E se apostava no #NãoVaiTerCopa para enfraquecer o governo, acabou foi vendo sua própria audiência desabar. Uma pesquisa publicada pela coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, com base em dados do Ibope, mostra que no jogo de abertura da Copa de 2006, na Alemanha, a audiência da Globo foi de 65,7 pontos. No primeiro jogo da Copa de 2010, na África do Sul, caiu para 45,2 pontos. Já na estreia do Brasil na Copa, neste ano, despencou para 37,5 pontos.


3 – #CalaABocaGalvão

Principal ícone da TV Globo, o narrador esportivo Galvão Bueno é o homem mais bem pago da televisão brasileira, com salário mensal de R$ 5 milhões. Mas, tal como o veículo que paga seu salário, está com o prestígio cada vez mais baixo. Criticar suas narrações virou febre entre os fãs do bom futebol. E a própria seleção brasileira optou por assistir os jogos da copa pela concorrente, a TV Band. O movimento #CalaABocaGalvão ganhou ainda mais força! O #ForaGlobo também!


4 – A enquadrada na The Economist

A revista britânica The Economista, que vem liderando o ranking da imprensa “gringa” que torce contra o sucesso do Brasil, acabou enquadrada por seus leitores. A reportagem “Traffic and tempers”, publicada no último dia 10, exaltando os problemas de mobilidade de São Paulo às vésperas de receber o mundial, foi rechaçada por leitores dos EUA, Japão, Holanda, Inglaterra e Argentina, dentre vários outros. Em contraposição aos argumentos da revista, esses leitores relataram problemas muito semelhantes nos seus países e exaltaram as qualidades brasileiras, em especial a hospitalidade do povo.


5 – O assassinato da semiótica

Guru da direita brasileira, o colunista da revista Veja, Rodrigo Constantino, provocou risos com o texto “O logo vermelho da Copa”, em que acusa o PT de usar a logomarca oficial do mundial da Fifa para fazer propaganda subliminar do comunismo. Virou chacota, claro. O correspondente do Los Angeles Times, Vincent Bevins, postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.  Seus leitores se divertiram usando a mesma lógica para apontar outros pretensos ícones comunistas, como a Coca-Cola (lol)!


6 – A entrevista com o “falso” Felipão

Ex-diretor da Veja e repórter experiente, Mário Sérgio Conti achou que tivesse tirado a sorte grande ao encontrar o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, em um voo comercial, após o empate com o México. Escreveu uma matéria e a vendeu para os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, que a publicaram com destaque. O entrevistado, porém, era o ator Wladimir Palomo, que interpreta Felipão no programa humorístico Zorra Total. No final da conversa, Palomo chegou a passar seu cartão à Conti, onde está escrito: “Wladimir Palomo – sósia de Felipão – eventos”. Mas, tão confiante que estava no seu “furo de reportagem”, o jornalista achou que era uma “brincadeirinha” do técnico…


7 – A “morte do pai” do jogador marfinense

O jogador da costa do Marfim, Serey Die, caiu no choro quando o hino do seu país soou no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Imediatamente, a imprensa do Brasil e do mundo passou a noticiar que o pai dele havia morrido poucas horas antes. A comoção vias redes sociais foi intensa. O jogador, porém, desmentiu a notícia assim que pode. Seu pai havia morrido, de fato. Mas há dez anos. As lágrimas se deveram a outros fatores. “Também pensei no meu pai, mas é por tudo que vivi e por ter conseguido chegar a uma copa do mundo”, explicou.


8 – “Vai pra casa, Renan!”

Cheio de boas intenções, o estudante Renan Baldi, 16 anos, escolheu uma forma bastante condenável de reivindicar mais saúde e educação para o país: cobriu o rosto e se juntou aos black block paulistas para depredar patrimônio público na estreia do mundial. Foi retirado do meio do protesto pelo pai, que encantou o país ao reafirmar seu amor pelo filho, mas condenar sua postura violenta e antidemocrática. A hashtag #VaiPraCasaRenan fez história nas redes sociais!


9 – O fiasco do “padrão Fifa”

Pelos menos 40 voluntários da Copa em Brasília passaram mal após consumir as refeições servidas pela Fifa, no sábado (14), um dia antes do estádio Mané Garrincha estrear no mundial com a partida entre Suíça e Equador. Depois disso, não apareceu mais nenhum manifestante desavisado para pedir saúde e educação “padrão Fifa” no país!


10 – Sou “coxinha” e passo recibo!


Enquanto o Brasil e o mundo criticavam a falta de educação da “elite branca” que xingou a presidenta Dilma no Itaquerão, a empresária Isabela Raposeiras decidiu protestar pela causa oposta: publicou no seu facebook um post contra o preconceito e à discriminação dirigidos ao que ela chamou de “minoria de brasileiros que descente da elite branco-europeia”. “Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca”, afirmou.  Virou, automaticamente, a musa da “elite coxinha”.  


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Governo Japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular a economia

2


A medida pagará 10.000 ienes, cerca de R$ 227 para famílias que são isentas de imposto; estuda-se ampliar a ideia para 25.000 ienes

O governo japonês se inspirou no governo brasileiro e estuda criar uma espécie de Bolsa Família, com o intuito de estimular a economia do país. “Agora no Japão é hora de comprar”, avisou o primeiro-ministro Shinzo Abe, do partido liberal-democrata, de tradição de direita.

A medida pagará 10.000 ienes, cerca de R$ 227 para famílias que são isentas de imposto – ou seja, atingindo 24 milhões de domicílios. Estuda-se também o pagamento de 15.000 ienes por pessoa, cerca de R$ 340, para famílias de baixa renda que recebem pensões ou subsídios.

O intuito deve compensar o aumento do imposto nacional sobre vendas, uma espécie de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) por lá, previsto de 2014. Isso é necessário para cobrir os custos da previdência social, cada vez maiores, por conta do envelhecimento da população.

Essa não é a primeira vez que um governo estrangeiro opta por “copiar” o programa petista, que atinge, em média, uma em cada 14 famílias brasileiras. O Bolsa Família já foi elogiado por Hillary Clinton, quando era candidata à presidência dos EUA e pela ONU (Organização das Nações Unidas) – por ser um programa de transferência de renda efetivo.



Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia
Governo japonês estuda imitar Bolsa Família para estimular economia - InfoMoney
Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/2971651/governo-japones-estuda-imitar-bolsa-familia-para-estimular-economia

Los Angeles Times tira o sarro da revista Veja

Por Revista Fórum  

junho 18, 2014 12:48

Texto do colunista Rodrigo Constantino sobre “propagandas subliminares petistas” no logo da Copa do Mundo virou piada na rede

Por Redação


tweet1A teoria da conspiração do colunista Rodrigo Constantino, da revista Veja, sobre o “2014” em cor vermelha no logo da Copa do Mundo ser uma propaganda subliminar em pleno ano eleitoral pode ter sido considerada uma genial sacada por muitos dos leitores do autor, na rede, no entanto, o texto virou motivo de discussão e Constantino virou piada.

O correspondente do periódico Los Angeles Times, Vincent Bevins, leu o texto “O logo vermelho da Copa”, e postou em seu Twitter: “Oh Deus. Colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista”.

Não demorou muito para que seus seguidores caíssem na risada e sugerissem que a Coca-Cola também deve ser socialista.

tweet2
“A única resposta possível para isso é….”

"Quase certo que a Coca Cola seja socialista raivosa também"
“Quase certo que a Coca Cola seja socialista raivosa também”

Ao passo que um dos seguidores tentou argumentar que o Brasil, sendo governado pelo PT vermelho, deve ter tido alguma influência na escolha, Bevins aponta que o colunista da Veja deveria ter no mínimo consultado o Google para saber quem de fato fez a criação do logo antes de escrever um texto inflamatório.

logo copaO logo em verde, amarelo e o subliminar vermelho foi criado pela agência de publicidade África – que concorreu com outros cinco logos também criados por agências. Segundo a “Gazeta Press”, o logo foi escolhido por uma equipe de notáveis formada pelo presidente do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ricardo Teixeira, o secretário da Fifa, Jerome Valcke, Oscar Niemeyer, Paulo Coelho, Ivete Sangalo, Gisele Bündchen e Hans Donner.

Como apontou o site Muda Mais, provavelmente a maior má impressão que ficará para a imprensa estrangeira nessa Copa, será a “duvidosa” linha editorial de alguns dos periódicos brasileiros.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Boataria perde o controle nas eleições deste ano

16/06/2014 - 12:44

Banda-larga e popularização das redes sociais são terreno fértil para a propagação de mentiras


Terrorista, Dilma Rousseff também é antirreligiosa. Já Eduardo Campos (PSB) vai privatizar o Banco do Brasil e Aécio Neves (PSDB) não quer os votos dos professores. Embora preceda a internet, a boataria envolvendo a vida dos principais candidatos a presidente do Brasil promete extrapolar os limites nas eleições deste ano – tempos de popularização da banda-larga e da disposição de alguns eleitores em propagar histórias que estejam mais de acordo com suas convicções políticas do que com a credibilidade da informação.
 
Os boatos sempre aparecem em ano de escolher presidente. Na campanha de 1989, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de ligação com o sequestro do empresário Abílio Diniz apenas porque um dos sequestradores foi visto usando uma camiseta do PT. Quem reclamava de boato quatro anos antes era Fernando Henrique Cardoso, que perdeu a campanha para prefeito de São Paulo em 1985 contra Jânio Quadros, que aproveitou a resposta evasiva de FHC sobre sua fé para propagar a história de que ele era ateu.

Mas desde que a internet ganhou popularidade na última década, os boatos eleitorais ganharam ainda mais alcance, como a que alertava para a privatização da Petrobras que Geraldo Alckmin (PSDB) providenciaria se vencesse Lula na campanha presidencial de 2006. Em 2010, a então candidata Dilma precisou ir a publico desmentir uma frase atribuída a ela na internet segundo a qual “nem Jesus Cristo” lhe tiraria a vitória.
 
Naquele mesmo ano, o adversário José Serra (PSDB) se viu em apuros para desmentir a história de que acabaria com o programa Bolsa Família se terminasse eleito. “Foi um problema muito sério e piorou muito com a divulgação pelas redes sociais. Muita gente também repassou a desinformação por e-mail, mas o Facebook e o Twitter foram os principais meios de repasse”, recorda-se Paulo Rebêlo, diretor da Paradox Zero, agência especializada em tecnologia, comunicação e política.
 
Mas dessa vez o alcance das redes sociais é ainda maior. O site especializado scup.com , por exemplo, reuniu as menções aos principais candidatos a presidente nas redes sociais desde março último. Nele, Aécio é mencionado 278.848 vezes no Twitter, 65.342 no Facebook e 37 vezes no Instagram. Dilma inverte a estatística e é comentada mais no Facebook: 117.557 menções, além das 35.947 citações no Twitter e 5.741 na rede social de fotos. Eduardo Campos foi lembrado 65.781 vezes no Facebook, 19.154 no Twitter e 816 no Instagram.
 
Este ano a boataria ganhou o noticiário a partir do Facebook, quando, no fim do mês passado, a página TV Revolta angariou mais de 3,6 milhões de fãs relacionando o PT a notícias falsas. No dia 15 de maio, o boato era de que o primeiro ministro da China, Wen Jiabao, teria distribuído conselhos administrativos à Dilma durante uma visita ao Brasil.
 
A polêmica da página só deu lugar à outra, dessa vez envolvendo a famosa Dilma Bolada, administrada por Jeferson Monteiro. O rapaz, de 24 anos, acusou uma agência de publicidade contratada pelo PSDB de oferecer-lhe R$ 500 mil para mudar de lado e começar a criar boatos contra o governo federal. “A disseminação de histórias mentirosas pelas redes sociais é um fenômeno mundial, não é exclusivo do Brasil”, diz Rebelo.
 
O professor da Universidade Americana de Paris Jayson Harsin escreveu um livro em 2008, batizado The Rumour Bomb (O Boato Bomba). Nele, o autor defende que os boatos ganharam uma nova dimensão na sociedade desde o advento da internet. A web teria criado uma "crise de confiança" nas informações, como a replicada por republicanos na eleição presidencial americana de 2008. Na ocasião, dizia-se que Barack Obama tinha ascendência muçulmana.
 
Para a doutoranda em redes sociais na Universidade Austral, de Buenos Aires, Ana Branbilla, é bem comum o fascínio em propagar boatos em nome de convicções pessoais. “Quando se cria um boato, o compromisso com a verdade se perde e isso abre margem para histórias incríveis, que impressionam e tocam justamente as convicções pessoais dos usuários”, diz ela. “O teor passional dos boatos desperta essas convicções e mobiliza o usuário ao impulso daquilo que é a atitude mais comum nas redes: o compartilhamento imediato.”
 
Coordenador da campanha digital do PT em 2010, Marcelo Branco diz que as campanhas políticas subterrâneas priorizam a espetacularização da denúncia, tentando apontar o candidato mais corrupto, despolitizando as campanhas. “Nada de relevante se discute, enquanto o público se une pelas demandas de que mais gosta.”
 
Para Ana e Rebêlo, a boataria na web em tempos de eleição já está incontrolável. “O Brasil é sempre motivo de piada internacional toda vez que a Justiça ordena a retirada de um determinado conteúdo só porque o artista ou político não gosta”, diz Rebêlo. “O conteúdo até pode sair do ar, mas o efeito será negativo em dobro.”
 
A doutoranda em redes sociais acredita que a internet “é um território amplo demais para controles jurídicos ou de qualquer outra natureza”. “Ainda que haja ferramentas que permitam rastrear o ponto de origem de uma mensagem falsa e citar criminalmente seu autor, é impossível desfazer o impacto que aquela mensagem produziu no público que a leu antes que fosse identificada como inverídica.”
 
Ao iG, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que não tem o papel de fiscalizar boatos nas redes social. “O que fazemos é julgar as representações de partidos ou do Ministério Público Eleitoral, quando avaliamos se a ação denunciada fere a lei." O TSE não revelou quantos processos a esse respeito aguardam parecer.
 
Um deles foi movido pelo PSDB no fim de maio, em que denuncia uso de computadores da Prefeitura de Guarulhos (Grande São Paulo), administrada pelo PT, para criar perfis em redes sociais com críticas a Aécio. Nataly Galdino Diniz, servidora que administrava o site pirata, terminou exonerada.
 
Já o Facebook garante que tem uma equipe “que opera 24h por dia e sete dias por semana para analisar qualquer tipo de conteúdo denunciado por meio do site.” “O Facebook está preparado para atender às demandas da Justiça Eleitoral”, afirmou a rede social por meio de nota.
 
Enquanto partidos políticos e seus simpatizantes montam estratégias para vender boato como notícia, cabe ao eleitor prestar atenção ao que recebe, seja na caixa de e-mail, seja na linha do tempo de sua rede social. “Se rastrear o autor original de uma mensagem é muito difícil, vale ao menos observar pelas mãos de quem essa mensagem chegou. É um perfil confiável? Esse perfil ou página está comprometida com alguma causa, candidatura ou corrente partidária em especial?”, questiona a doutoranda.
 
Rebêlo lamenta que “na vida real” essa precaução não aconteça. “É o mesmo que pedir para as pessoas não clicarem nos anexos recebidos por e-mail por causa de vírus. A maioria sempre clica...” Ana indica alguns sinais: “Desconfie sempre. Mensagens oficiais de campanhas eleitorais, sobretudo em relação ao opositor, são geralmente dignas de desconfiança. Antes de compartilhar, pergunte-se brevemente: ‘e se isso não for verdade?’".
 
 

Investimento anual do Brasil em pesquisa científica é superior a duas Copas

16/06/2016

Ahmed F/Creative Commons
 


Enquanto os gastos do Brasil com a Copa do Mundo estão em R$ 25,6 bilhões, o investimento anual do país em pesquisa científica chega a R$ 59,4 bilhões (US$ 27 bilhões), somando as iniciativas pública e privada. A comparação foi feita pela revista Nature, que traz um panorama sobre a ciência sul-americana. De acordo com a publicação, o Brasil é o líder em publicações científicas na América do Sul, mas ainda perde para outros países no impacto dessas pesquisas e na quantidade de cientistas em relação à população total.

Com 40.306 publicações em 2013, o Brasil está bem à frente do segundo colocado, a Argentina, com 9.337 artigos. "Nos últimos 20 anos, a produção científica do Brasil aumentou em mais de cinco vezes, enquanto a economia quase triplicou em termos de poder de compra. O país detém mais de dois terços das publicações da América do Sul, mas é semelhante a Argentina, Uruguai e Chile em artigos per capita", relata Richard Van Noorden, em seu artigo para a revista. Ele observa, porém, que a quantidade de pesquisa produzida no continente pode estar subestimada pelo fato de que muitos dos periódicos em que os cientistas desses países publicam seus artigos são excluídos das bases de dados que produzem as estimativas. Apesar de o Brasil deter o maior número de publicações, o Chile tem mais patentes e a Argentina vence na proporção entre habitantes que trabalham na ciência.

Um problema enfrentando pela pesquisa sul-americana é que ela não recebe muitas citações (quando outros artigos fazem referência a um determinado estudo), que são uma forma de medir o impacto da pesquisa. A média da América do Sul, assim como a do Brasil, está abaixo da mundial.

Em termos de investimento, o Brasil é o único país do continente que destina mais de 1% de seu PIB em pesquisa e desenvolvimento. Em 2010 a cifra foi de 1,16%, enquanto o líder mundial, Israel, investiu 4,35% de seu PIB, de acordo com dados do Banco Mundial.

COLABORAÇÃO INTERNACIONAL Questionados pela Nature sobre qual tipo de ajuda internacional traria mais benefícios à ciência, pesquisadores sul-americanos apontaram dois fatores: a acolhida de estudantes da América do Sul em laboratórios de outros continentes e visitas de cientistas estrangeiros a laboratórios sul-americanos.

Apesar do fluxo de estudantes da América do Sul para os Estados Unidos e a Europa ter aumentado nos últimos anos, o Brasil ainda deixa a desejar: em 2013, menos de 11 mil graduandos e pós-graduandos foram para os Estados Unidos, número menor do que o do Vietnã e da Turquia. A soma de todos os estudantes da América Latina e do Caribe que foram ao país corresponde a menos de um terço dos pesquisadores enviados pela China.

Em uma seleção de exemplos de excelência na pesquisa, a revista escolheu no Brasil a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que em 2013 investiu 512 milhões no financiamento de pesquisas. Criada em 1960, a agência tem um orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado. A revista destaca o investimento feito em pesquisa básica, de 37% do total. Cerca de 10% vai para infraestrutura e o restante para a pesquisa aplicada. Quase um terço do total é aplicado em pesquisa médica.



sábado, 7 de junho de 2014

Kirrarinha, vereador do DEM, agride repórter e vira vereador do PT

Desinformação e esbulho midiático.

Lourival Rodrigues de Moraes, de alcunha Kirrarinha
Aconteceu em junho de 2010 na cidade de Pontes e Lacerda, no estado do Mato Grosso - MT. O então vereador Lourival Rodrigues de Moraes, de alcunha Kirrarinha, acabava de depor em delegacia da cidade quando a repórter Márcia Pache, da TV Centro-Oeste, se dirigiu a ele e perguntou:

- Vereador, o senhor fala com a gente?

O vereador falou?

Falou, sim. Falou a linguagem dele. Veja o vídeo.



Resultado:

Agressão repórter processa o vereador e justiça o condena a um ano de prisão. Prisão de mentirinha para Kirrarinha, pois a pena é em regime aberto;

Agressão câmara de vereadores de Pontes e Lacerda cassa o mandato do vereador Kirrarinha.

Antes de continuar, destaque para a justificativa do senhor edil Kirrarinha:

- As pergunta dela fora tendenciosa à nossa pessoa.


O vereador depunha em processo no qual é acusado de esbulho possessório e denunciação caluniosa. O esbulhante é o vereador. O esbulhado, o contribuinte.

Nas eleições de 2010, Kirrarinha teve o pedido de candidatura a deputado estadual indeferido pelo TRE de Mato Grosso. O edil se candidatava pela coligação DEM-PSDB.

Cassado e condenado à prisão, o vereador Kirrarinha foi eleito, em 2011, presidente do diretório do DEM em Pontes e Lacerda
.

Fonte


 

Imagem que mostra extrato de R$ 2.600 do Bolsa Família é falsa

Extrato do Bolsa Família é montagem
Extrato do Bolsa Família é montagem
Boato – Enquanto você trabalha, acorda cedo e estuda para concursos, pessoas ganham R$ 2.600 no Bolsa Família.
Um dos programas mais atacados pelas pessoas que são defensoras da meritocracia e contra o atual governo brasileiro é o Bolsa Família. De acordo com esse opositores (normalmente, defensores de políticos de extrema direita ou, no mínimo, centro-direita), o programa é, nada mais, do que uma forma de sustentar vagabundos e criar um curral eleitoral.
Graças a esse pensamento, qualquer mensagem que apareça na web atacando o Bolsa Família acaba repercutindo. Esse é o caso de uma foto de um extrato relativo ao mês de maio de 2014. A imagem mostra uma pessoa que recebeu, somando os benefícios do Bolsa Família, o Bolsa Família Jovem e o Cartão Família Carioca, R$ 2.600. Leia o texto que acompanha a mensagem, que tem rodado em redes sociais e WhatsApp.
 
Bom dia a você trouxa que acorda cedo pra trabalhar,que gera empregos,que estuda pra concurso. Segue extrato fresquinho,desse mês mesmo.  
Meus queridos leitor, antes de sair xingando os vagabundos sustentados pelo governo, analise os fatos. Um cálculo simples cálculo mostra que é humanamente impossível alguém receber esses valores. Salvo se houver fraude. Raciocine comigo:
O Cartão Família Carioca, de acordo com a prefeitura do Rio de Janeiro, paga entre R$ 20 e R$ 400. Isso não importa o número de filhos que a pessoa tenha ou quanto ganha por mês. O máximo a ser pago é R$ 400 ao mês. Detalhe: a renda média da família tem que ser de, no máximo, R$ 108 por pessoa.

O Bolsa Família pagava em maio, R$ 32 por gestante ou criança ou adolescente de até 15 anos matriculada em escola pública. O limite é R$ 175 por família. Também paga R$ 38 mensais por adolescente de até 17 anos que está na escola (o Bolsa Família Jovem). O limite é de R$ 84. Detalhe: a renda média da família teria que ser de, no máximo, R$ 70 por pessoa (ou seja, nesse caso até poderia passar os limites se a família ganhar um valor menor que esse).

Agora pega a calculadora. Na situação descrita, o máximo que a pessoa poderia ganhar seria, em maio de 2014 e por gestantes a matriculados na escola, no Bolsa Família, R$ 160 e, no Bolsa Família Jovem, R$ 76. Se a pessoa ganhar abaixo de R$ 70 por pessoa, poderia ter um complemento para se chegar a essa renda. Mas aí, a família teria que ter nada menos do que dez integrantes para chegar aos R$ 660 descritos no extrato. Isso se ninguém estiver matriculado em escola.

No Cartão Família Carioca, a situação é mais surreal. Para receber os R$ 1.802 (para complementar os R$ 2.600), a família teria que ter, no mínimo, 24 integrantes. E claro, romper o limite de R$ 400 do programa.

Com isso, chegamos à conclusão de que a única hipótese de alguém receber um valor assim é por meio de fraude. E encontramos fraudes, mas não no pagamento e sim na imagem. Note que o número “1” à frente do “138” do Bolsa Família Jovem é diferente em relação ao tamanho do dígito seguinte. E note também que R$ 38 é justamente o pagamento por um adolescente na escola.

O mesmo acontece com o “1” à frente do Cartão Família Carioca e o “6” à frente do valor do Bolsa Família. Se você ainda não acredita em mim, olhe essa outra versão do boato, retirada do Blog do Branquinho. Nela, os valores estão diferentes. Será que de uma postagem para outra, o benefício aumentou?

Resumindo: os valores descritos no extrato de R$ 2.600 no Bolsa Família são impossíveis de serem logicamente atingidos. E claro, o extrato não passa de uma manipulação de imagem. Em tempo: pesquisando na web, achamos essa reportagem do O Globo que fala de um benefício de R$ 1332, que é pago a uma família de 19 pessoas. Achou muito? Experimenta alimentar 18 filhos então.


 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Brasil é principal exemplo de sucesso na redução do desmatamento, aponta ONU


Por Redação junho 5, 2014 13:03 Atualizado
 
Brasil é principal exemplo de sucesso na redução do desmatamento, aponta ONU


Relatório indica que o governo brasileiro reduziu o desmatamento na Amazônia por meio da criação de áreas de proteção ambiental a partir da segunda metade da década de 1990, com grande intensificação neste século

Por Danilo Macedo, da Agência Brasil

Um relatório divulgado nesta quinta-feira (5) na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas destacou o Brasil como exemplo de sucesso na redução do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa. Produzido pela Union of Concerned Scientists (UCS), com sede nos Estados Unidos, o documento, intitulado “Histórias de Sucesso no Âmbito do Desmatamento: Nações Tropicais Onde as Políticas de Proteção e Reflorestamento Deram Resultado”, traz um capítulo dedicado ao Brasil, apresentado como o país que fez as maiores reduções no desmatamento e nas emissões em todo o mundo.

Dezesseis países da África, América Latina e Ásia também são citados como exemplos de sucesso na proteção às florestas. O relatório indica que o governo brasileiro reduziu o desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, por meio da criação de áreas de proteção ambiental a partir da segunda metade da década de 1990, com grande intensificação neste século, e as moratórias acordadas com empresas privadas sobre a compra de soja e carne de áreas desmatadas. “As mudanças na Amazônia brasileira na década passada e a sua contribuição para atrasar o aquecimento global não têm precedentes”, diz o documento.

De acordo com o principal autor do trabalho, Doug Boucher, o caso brasileiro mostra que o desenvolvimento econômico não é prejudicado pela redução do desmatamento. “Por exemplo, as indústrias de soja e de carne bovina no Brasil prosperaram apesar das moratórias evitando o desmatamento.” O relatório avalia que a derrubada da floresta, “vista no século 20 como algo necessário para o desenvolvimento e uma reflexão do direito do Brasil de controlar seu território, passou a ser vista como uma destruição de recursos devastadora e exploradora daquilo que constituía o patrimônio de todos os brasileiros”.

O estudo destaca o papel desempenhado pelas reservas indígenas na conservação da Floresta Amazônica, iniciativas estaduais e a ação de promotores públicos de Justiça, “um braço independente do governo, separado do Poder Executivo e Legislativo, e com poderes para processar os responsáveis pela violação da lei”. Também é citado o apoio internacional, como o acordo celebrado com a Noruega, que já repassou US$ 670 milhões em compensação pelas reduções das emissões. O documento é considerado de natureza não apenas financeira, mas também política e simbólica, mostrando o compromisso em apoiar os esforços dos países tropicais.

Em relação ao futuro, no entanto, o relatório informa que duas mudanças em 2013 levantaram dúvidas sobre a continuidade do sucesso do país na área climática: as emendas ao Código Florestal Brasileiro que anistiam desmatamentos anteriores e o aumento de 28% na taxa de desmatamento entre 2012-2013 na comparação com o período 2011-2012. A avaliação do documento é que ainda é muito cedo para prever se este crescimento será uma tendência, mas ressalta que, embora o desmatamento tenha aumentado 28% no ano passado, em relação a 2012, ele foi 9% menor ao registrado em 2011 e 70% inferior à media entre 1996 e 2005.

“O Brasil inscreveu seu plano para reduzir o desmatamento em 80% em 2020 na lei nacional, mas para que haja um progresso continuado será necessário redobrar os esforços para reduzir as emissões”, afirma o documento. “Nesse meio tempo, a redução do desmatamento da Amazônia já trouxe uma grande contribuição no combate à mudança climática, mais do que qualquer outro país na Terra”, finaliza.

(Crédito da foto da capa: Wikimedia Commons)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

16 doenças mentais que confundimos com virtudes

Junho 04, 2014


  
 Por Frederico Mattos

O que diferencia um comportamento razoável de outro patológico é a intensidade, frequência e grau de prejuízo que causa para a própria pessoa e os outros. Nossa sociedade não é das mais saudáveis mentalmente, visto que psicopatas são CEO’s, estelionatários podem ser políticos e malandro é o bon vivant encostado em casa e sustentado pelos pais. Então o fato é que aquilo que é visto como virtude na real pode dar indícios de um fundo patológico que ninguém percebe.

Aquela pessoa ultra-alegre que sempre anima as festas pode ser afetada por algum transtorno de humor sem que você desconfie. A virtude é sempre um comportamento opcional, como alguém que poderia ficar fechado, mas prefere se relacionar com os outros, ou seja tem liberdade real de fazer uma coisa ou outra. Agora, se a pessoa não tem a opção de se abrir e ter outro comportamento, então o fato de se fechar não é uma virtude, mas uma prisão psicológica. Essa lista não é definitiva nem deve ser tomada ao pé da letra, mas vista com certa leveza e bom humor, enxergando uma pista para aquele comportamento estranho do seu vizinho, parente, amigo ou parceiro amoroso. Em última instância você também pode estar na lista.

Nem todas as pessoas que têm essas características têm a psicopatologia, mas todas as pessoas com o distúrbio costumam ter esses pontos em comum, ou seja, um item isolado não faz o diagnóstico completo (normalmente mais de cinco em cada patologia).


  bipolar-2

Sexy – a sensualidade está longe de ser um problema, principalmente em contexto adequado ela é um afrodisíaco para conquistar alguém para intenções afetivas ou sexuais. Mas se ela é inadequada, invasiva, exagerada, dramática e acompanhada de uma necessidade desesperada de chamar atenção pode ser sinal de Transtorno de Personalidade Histriônico. Esse anseio por admiração e comportamento persistente e manipulativo pode apontar para sérios problemas de relacionamentos e impedir uma vida com estabilidade emocional e construção de histórias consistentes e significativas. Leia mais sobre esse [transtorno aqui ]

Dedicação pessoal excessiva ou devota – existem pessoas que vivem de maneira quase religiosa seus relacionamentos amorosos, endeusando seus parceiros como se fossem a única razão de viver. Elas costumam ter comportamentos parecidos com time de futebol, partido político ou religião, pois caem de cabeça e demonstram uma fé “inabalável”. Se essa entrega toda vier acompanhada de um sentimento de vazio intenso e oscilações de humor e comportamentos destrutivos, pode estar longe do seu eixo pessoal e ter indícios de um transtorno difícil de diagnosticar como o de Personalidade Borderline. Leia mais sobre ele aqui [clique aqui]

Obstinação – a pessoa que persegue os próprios objetivos pode chegar muito longe. O problema é quando, sem nenhuma perspectiva, ela segue como um trator insistindo teimosamente no resultado ao qual se apegou na imaginação. Pode ter uma personalidade obsessiva e não ser alguém que segue seus sonhos. Mesmo que quisesse desistir não conseguiria, mas não porque é virtuosa e sim por padecer do transtorno de personalidade obsessivo [clique aqui]

Bonzinho – uma pessoa de bom coração sabe exatamente quando deve ou não ajudar a outra e sabe se posicionar sobre sua capacidade de beneficiar ou dar um basta. Já as boazinhas podem ter um comportamento submisso, passivo e dependente da aprovação de outras pessoas. Fazem o bem mais por medo, covardia ou falta de opção do que por virtude. Na verdade não sabem se posicionar e enfrentar as pessoas de frente. Ela pode ser portadora de Transtorno de Personalidade Dependente e nem saber que na verdade se submete por não ter capacidade de seguir suas próprias escolhas. Para saber mais [clique aqui ]  e [aqui]

Organização pessoal – é lindo ver uma casa bem arrumada sem ter que ficar falando para as visitas “não repara na bagunça”. O problema é quando a pessoa é obcecada por deixar tudo limpo e não consegue sentar quieta e relaxar se algo está fora do lugar. Ser limpo e organizado é sinal de saúde, mas ser obcecado por isso pode ser doença. Leia mais sobre Transtorno Obsessivo Compulsivo [clique aqui]

Dieta incrível – sabe aquela pessoa que você tem inveja porque faz dieta à risca ou que malha desesperadamente para ter barriga negativa? Pois é, se essa pessoa consegue ter uma filosofia de vida, é natural, tranquilo e opcional, está tudo certo. O problema é se ela faz isso como resultado de uma sensação crescente de ansiedade caso não malhe ou esteja no peso, ou se ela tiver sempre a certeza de estar fora do peso (muito acima) e não consegue perceber que já está muito magra ou musculosa. Nesses casos, pode haver uma suspeita de um Transtorno Dismórfico Corporal, que altera a imagem corporal, faz a pessoa não notar com precisão qual  a forma real e usar métodos cada vez mais drásticos para chegar no ponto “ideal”. Leia mais sobre esse transtorno [clique aqui]

Meiguice – uma pessoa querida, calada, que aceita tudo e não se opõe a nada pode ser só uma pessoa meiga e querida. Mas se ela nunca consegue se posicionar, enfrentar obstáculos e barrar abusos então talvez tenha algum problema de fobia social que a impede de lidar com acontecimentos da vida cotidiana sem ficar alarmada imaginando uma catástrofe. Leia mais sobre fobia [clique aqui]

Alegria intensa – ter na turma de amigos alguém que sabe se divertir e tem mil ideais é indispensável. Mas se esse amigo não consegue para quieto, fala pelos cotovelos, é inconveniente, se acha a pessoa mais incrível do mundo e perde a noção do bom senso, pode ser que esteja num acesso de mania e precise de tratamento. Leia mais sobre Transtorno de Humor Bipolar [clique aqui]

Autenticidade – tem gente que acha que é uma virtude falar tudo que vem na cabeça. Ledo engano. A incapacidade de filtrar os conteúdos mentais e falar qualquer coisa inconveniente na mesa do jantar pode ser sinal de verborreia um sintoma que está presente em várias doenças mentais.

Produtividade – é bem verdade que ser uma pessoa produtiva ganha destaque no mundo em que vivemos, mas o problema é se esse desempenho é resultado do excesso de necessidade de se antecipar, fazer tudo com perfeição tendo controle de cada tarefa e “fazendo tudo para ontem”. Um desempenho aparentemente formidável pode ter como pano de fundo a ansiedade. [clique aqui]

Perfeccionismo – quando alguém se gaba de que seu único defeito é ser perfeccionista acredite. O perfeccionismo pode tornar uma pessoa ranzinza, chata, metódica, procrastinadora e de presença pesada e cheia de impedimentos. Transtorno de personalidade obsessiva pode estar acometendo essa pessoa que na verdade não consegue caminhar com tranquilidade pela vida e está sempre pressionada por um ditador interno. Leia mais sobre [clique aqui]

Pessoa cheia de opinião – ele pode até ser o líder da turma e tomar a dianteira de todas as conversas, digno de inveja, mas se ele não tiver um tempero de afetuosidade, capacidade de dar espaço para os outros brilharem e terem sua vez pode ser que você esteja na presença de um portador de Transtorno de Personalidade Narcisista. Certamente a presença dessa pessoa pode ser legal por alguns minutos, mas com o tempo você terá vontade de manda-la calar a boca de tanto autoelogio que ouvirá. Muitas pessoas com personalidade passiva costumam se associar aos narcisistas, mas certamente é o tipo de pessoa que acaba falando sozinha e dizendo que os outros “têm inveja dela, por isso se afastam”. [clique aqui] ou [aqui]

Diversão no bar – tem sempre um amigo que é o primeiro a chegar no bar e o último a sair e provavelmente aguenta todas as rodadas com todo mundo. Está presente em todas as reuniões e sempre entornando um copo na mão, se gabando de que não é fraquinho para bebida. Pode ser que ele esteja no grau mais alto de alcoolismo, que implica numa tolerância maior ao álcool e uma impossibilidade de se divertir sem o acessório etílico na mão. Se ele só sabe se divertir bebendo e está sempre forjando um encontro social para ter ocasião de beber isso já é uma pista. [Leia mais aqui]

Liderança assertiva e dura – é muito comum grandes chefões de empresas terem comportamento impiedoso, frio, preciso e até cruel. Há quem admire essa filosofia pitbull que esmaga quem se oponha ao seus interesses, mas a realidade é que isso pode ser sinal de Transtorno de Personalidade Antissocial, a antiga psicopatia. [clique aqui para saber mais]

Justiceira – ter senso de justiça e lutar para que os direitos sejam cumpridos é um dever de todo cidadão, mas o problema é quando isso vira justificativa para acessos de descontrole emocional, raiva e atitudes violentas. A raiva costuma ser resultado de pessoas perfeccionistas que se acham superiores aos outros e imaginam que sempre têm razão. Pode ser que esse comportamento seja resultado do Transtorno Explosivo Intermitente e mereça atenção especializada. Leia mais [clique aqui] 

Visionárias – existem pessoas que parecem ter a cabeça na lua e viver com ideias extraordinárias que nunca saem do papel, mas que são sentidas como incríveis e à frente de seu tempo. Muitas vezes esse comportamento excêntrico que é visto com certo humor por pessoas queridas pode ser resultado de um quadro mais grave de Transtorno de Personalidade Esquizotípica que leva essas pessoas a se sentirem isoladas e esquisitas frente às demais. Leia mais [clique aqui]

ALERTA: o importante é ver nessas características indícios para buscar mais informações, sem que se faça um autodiagnóstico descuidado. Para isso, procure a associação de um especialista médico psiquiatra e de um psicólogo para suporte emocional.

Fonte