terça-feira, 30 de junho de 2015

Você acreditou? 25 mentiras que contam sobre Dilma, Lula e o PT

junho 29, 2015 16:03 
 
  
Você acreditou? 25 mentiras que contam sobre Dilma, Lula e o PT


Aos que chamam os eleitores de Dilma de “burros”, blogueiro reuniu uma lista com mais de vinte falácias que grupos como Revoltados Online contam e disseminam nas redes sociais; confira

Por Daniel Dantas Lemos, em seu Facebook 

Quando estiver no seu momento de Revoltado Online, chamando os eleitores da Dilma de “burros” lembre-se disso:

1- Você acreditou que o filho do Lula era dono da Friboi

2- Você acreditou que Alberto Youssef tinha sido assassinado no dia da eleição

3- Você acreditou que Dilma tinha cometido suicídio

4- Você acreditou que Lula estava aposentado por invalidez

5- Você acreditou que a Dilma ia congelar a poupança

6- Você acreditou que o litro de gasolina ia custar 5 reais em novembro de 2014

7- Você acreditou que o PT trouxe haitianos para votar nas eleições

8- Você acreditou que o deputado Jean Wilys apresentou projeto de emenda à bíblia

9- Você acreditou que o dólar custaria 6 reais após as eleições

10- Você acreditou que a Petrobras estava quebrada

11- Você acreditou que Dilma implantaria um chip para controlar seus pensamentos

12- Você acreditou que a filha de Dilma era dona de mais de 20 empresas

13- Você acreditou que a Dilma havia criado uma lei que proibia investigação de acidentes aéreos

14- Você acreditou que Dilma usou um ponto eletrônico durante o debate presidencial

15- Você acreditou que Fidel Castro e que Aleida (filha de Che Guevara) recebiam aposentadoria do governo brasileiro

16- Você acreditou que o governo brasileiro gastou 4 milhões de reais na construção de um “Memorial do Funk”

17- Você acreditou que o PT criou o “Bolsa Prostituição”

18- Você acreditou que as urnas eletrônicas estavam adulteradas

19- Você acreditou que o governo gastaria 13 milhões para construir estátua do Lula

20- Você acreditou que a comitiva de senadores que foi a Venezuela não teve o pouso do avião autorizado

21- Você acreditou que o governo mandou fechar a pista de uma rodovia para evitar que os senadores brasileiros se locomovessem na Venezuela

22- Você acreditou que esses senadores foram “apedrejados”

23- Você acreditou que Lula tinha pedido Habeas Corpus

24- Você acreditou que os médicos cubanos eram guerrilheiros

25- Você acreditou que a Copa do Mundo estava comprada

Não seja bobão, pare de repetir boatos, se informe e repense sobre quem realmente é o ignorante da historia.
Dá uma olhada nos links


Foto: Ricardo Stuckert 



quarta-feira, 24 de junho de 2015

Como é dar aula no ensino superior e a corrupção na universidade



Pensei em escrever um texto crítico e formal a respeito da educação e da sociedade. Mas dizer que a educação é a salvação já ficou meio fora de moda. Portanto, acho melhor apenas contar pra vocês como é dar aula. Lembrando que este texto não é uma crítica à profissão. É apenas uma exposição das frustrações diárias e um apelo a uma mudança urgente de postura, não só dos alunos, mas da sociedade como um todo. Aqui mostro como a postura corrupta está enraizada nos alunos e já virou parte da comunidade acadêmica.

Antes, uma pausa para minha relação com a profissão. Particularmente, gosto muito de ensinar. Gosto de matemática e gosto de entender matemática. Passar adiante minhas paixões é algo que faço por amor. Nunca houve problema sério o bastante para não desaparecer diante do quadro, dos alunos e sobre o tablado. Dar aula e pensar a respeito de matemática apagam, momentaneamente, claro, todos os meus problemas.

“Faz prova fácil!”

Minha felicidade se esvai diante das avaliações, dos comentários, da falta de compromisso dos alunos. Ouve-se mais “alivia aí, fessô!” do que “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite.” Há liberdade para chorar, mas não há liberdade para a educação e cortesia.

“Vale ponto, fessô?”

Em sua maioria, aluno não faz nada sem receber algo em troca. E a moeda de troca é chamada de ponto. A única motivação é o ponto. Sugestão de livros? Só valendo ponto. Lista de exercícios? Só valendo ponto. Fazer pelo conhecimento é ser taxado de idiota.

Trabalhos e listas

Tudo copiado. A cópia é quase sempre nítida. Conjecturo que numa turma de alunos, apenas \sqrt{k} realmente fazem os trabalhos, enquanto todo o restante apenas copia dos colegas.

Pai Rodrigo adivinhando o futuro: Esse aluno que só copia vai taxar de vagabundo moradores de rua. Vai dizer: “emprego tem demais, basta querer!”

Aulas de exercícios

Durante aulas de exercícios, ninguém faz nada. O pedido geral é um resumão bem estilo pré-vestibular. Melhor ainda se você dar dicas do que cairá na prova (e pensar que nem assim os resultado são bons.) Gente pra gritar “faz um resumão aí, fessô!” Nunca falta. Você dá aula por meses antes de avaliação e aí lhe aparece vários que não prestaram atenção em nada, mas no dia da aula de exercícios eles aparecem lá só pra gritar a frase anterior ou pra escolher um exercício aleatório que sequer tentaram. Qual a razão de dar aula se no fim é dado um resumo mágico que abre todas as provas e desvenda todos os segredos?

Lista de presença

Como aluno, confesso, nunca gostei de ir às aulas. Sempre preferi estudar sozinho. Assim poderia estudar durante a madruga, horário que sempre fui mais produtivo. Nunca tive problemas com chamadas. A aprovação era minha absolvição. Por conta disso, a única postura que adotei como professor foi a de passar uma lista de chamada e reprovar por infrequência apenas aqueles que não obtiveram 60 pontos. Ou seja, não precisou ir à universidade para ser aprovado? Parabéns, campeão.
A regra da UFMG é reprovar aluno infrequente. Tenha ele a pontuação necessária para sua aprovação ou não. Portanto, estou isentando o aluno de um dever: frequentar a universidade. Qual o resultado? Alunos assinam as listas pelos colegas. O sujeito foi livrado de um dever, mas ele não quer dar nada como contra-partida. Ele ainda quer o direito de, caso reprovado na pontuação, fazer o exame especial.

Nem vou comentar que assinar um documento em nome de outra pessoa é crime. Tem até nome: falsidade ideológica.

Logo, se o professor deseja ser rigoroso com a lista de presença, ele deve chamar nome a nome, como lá nos tempos da escolinha infantil Girafinha Feliz.
 
Pai Rodrigo adivinhando o futuro: Esse mesmo aluno que pede pro colega assinar a chamada, acha um absurdo o médico que só bate ponto e vai embora. Vai reclamar também do deputado que estava batendo dedo lá pro outro. Vai postar lá na timeline “É um absurdo!”

Provas e colas

Esta é a pior parte e a maior prova de que ninguém se preocupa com educação. Durante os meses de aula, o aluno não fez nada. Porém, chegada a prova, não foi possível estudar todo o conteúdo ou simplesmente não estudou mesmo. Qual o recurso utilizado? Cola. A pessoa não cumpriu com suas obrigações como aluno, nada fez até o momento da prova, porém ele ainda quer obter bom resultado. Apesar de totalmente irresponsável, o aluno ainda acha plausível apelar para a cola. Ainda quer uma boa nota. Isso é o absurdo dos absurdos. A incoerência da incoerência.
 
Existem ainda casos mais absurdos. Aqueles que os alunos pagam outros para fazer a avaliação em seus lugares (preciso lembrar que aqui também se comete crime?). Chegamos ao ponto ridículo de precisar olhar documento dos próprios alunos por conta dessa atitude patética. Isso é literalmente comprar o próprio diploma. É ridículo querer o diploma mas não querer fazer nada.
 
Pai Rodrigo adivinhando o futuro: O aluno colador, que hoje é engenheiro porque pagou gente mais esperta que ele pra se formar, vai gritar “Abaixo a corrupção!” aqui na porta de casa. Ele também vai compartilhar um monte de reportagem sobre escândalos de corrupção e vai dizer que esse país não tem jeito.
 

O aluno, o patrão e o futuro

Enquanto considerou coisa de otário estudar quatro horas por dia, o aluno corrupto vai gastar 12h do seu dia, muito possivelmente, fazendo dinheiro pra outra pessoa. Ele não vai chegar pro chefe “alivia aí, chefe!”, “quebra essa aí, patrão!” porque ele sabe o destino de empregado molengão: rua. E ele vai dar duro, porque, ao contrário da educação superior, valoriza o emprego que tem. Sua timeline estará repleta de links contra a corrupção na política, contra desvio de verbas, enquanto continua perpetuando que colar não tem problema, assinar lista é “de boa” e pagar para fazerem suas avaliações é coisa de esperto. E assim continuaremos sendo essa sociedade que ainda não entendeu o valor moral e intelectual da universidade, pelos séculos dos séculos…


 


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Jesus de Nazaré seria contra a redução da maioridade penal

19/06/2015 - Copyleft
 
Tudo o que ele ensinou destoa do discurso de alguns defensores da sua cruz, da família tradicional, do próprio Deus e, logo, da redução da maioridade penal 

Por Levi Araújo (Via blog do Douglas Belchior)

Jerry Worster
Eu sou cristão evangélico e sou contra a redução da maioridade penal.
 
Tenho que admitir que muitos não aguentam mais a belicosidade, a desonestidade intelectual, as falácias e as desinformações que dominaram a grande maioria dos debates sobre a redução.

Proponho que olhemos esse tema sob a ótica dos ensinos do Príncipe da Paz, principalmente quando ele fala sobre a vingança, justiça e compaixão diante do contexto de violência que marcaram o seu nascimento, vida e morte.

Jesus não veio para prender, ele veio para nos libertar principalmente dos conceitos e conclusões equivocados que fazemos e propagamos sobre o que ele ensinou. Ele também veio nos libertar de uma perigosa interpretação literal da bíblia sagrada que ignora os aspectos históricos, culturais e literários que emolduram especialmente os textos do velho testamento. Isso mesmo, Jesus nos liberta da própria bíblia enquanto mãe de todas as heresias, espada dos inquisidores iracundos e régua moral das virgens vestais da religião.

Aos líderes religiosos, hipócritas e manipuladores não faltam textos bíblicos que podem sugerir autorizações a violências, opressões e ações punitivas, por isso que até o estudioso mais noviço sabe que a chave hermenêutica da bíblia sagrada é Jesus e a sua história. Com essa chave de ouro da interpretação bíblica, nós podemos abrir livro a livro e texto a texto sabendo o que pode ou não ser aplicado hoje.

Embora a vingança pertença somente a Deus, Ele não veio para se vingar e a resposta quando estava sendo violentado e prestes a morrer na cruz do Calvário foi o perturbador Pai, perdoa-os, pois eles não sabem o que fazem. O seu conceito de fazer justiça sempre foi injusto para a nossa essência vingativa e meritória. O bateu levou ruboriza os rostos honestos diante da grandeza do oferece a outra face.

Mas o que mais me impressiona no Homem de Nazaré é a sua compaixão, o doer e sofrer com o doído e sofredor. Ele olhava os pecadores para além dos seus pecados, os doentes para além das suas doenças, os possessos para além das suas possessões. Ele é o Bom Pastor que desencoraja apedrejamentos, um Deus que chora com os que choram inconsoláveis as mortes das pessoas amadas, que se identifica e se coloca no lugar do outro. Da via dolorosa ao Monte Caveira, ele se assemelhou radicalmente com as suas imagens e semelhanças em seus maiores horrores. Ele sabe muito bem o quanto dói ser humilhado, torturado e morto. Por isso que todos os violentados, feridos e condenados podem se identificar com a cruz de Jesus.

Com Jesus eu não aprendo a ignorar ou minimizar as violências. Os seus ensinos não são apologia a impunidades, neles eu encontro a base suficiente para afirmar que a sua resposta ou solução ao problema da violência, passa por uma adequada responsabilização dos agressores, com o espírito de quem veio salvar e resgatar o que se perdeu, acreditando sempre na restauração e ressocialização, como aconteceu com o endemoninhado gadareno, que ele devolveu são e livre para a sua família e comunidade.

A proposta pacífica, perdoadora e reconciliadora de Jesus não coisifica as pessoas, ao contrário, as contempla como sujeitos e não objetos, como gente e nunca como escória.

Jesus nasceu em meio à matança dos inocentes onde Heródes, buscando a sua perpetuação no poder, reduziu a idade penal aos dois anos de idade e, quando tinha pouco mais de trinta e três, foi executado com a pena capital romana como um criminoso e inimigo do império. De violência e punição Jesus entende bem!

Dentre as mais belas passagens conhecidas, o Sermão da Montanha foi considerado por Gandhi a Constituição da Sociedade Ideal, um discurso poderoso que alimenta até hoje todos os movimentos pacifistas. Seu conteúdo foi, no contexto da época, um tratado de paz apresentado às pessoas massacradas pela máquina de guerra romana.

Imaginem um público de crianças, adolescentes, mulheres e velhos violentados, explorados, a maioria de órfãos e viúvas abandonados e usurpados em suas dignidades e integridades, pessoas sofridas, inseguras e amedrontadas ouvindo as seguintes palavras do filho de um carpinteiro:

— Vocês ouviram o que foi dito: “Olho por olho, dente por dente.” Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. ( … ) — Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu.

Não é preciso conhecer muito sobre Jesus para perceber que tudo o que ele ensinou destoa significativamente do discurso de alguns defensores da sua cruz, da família tradicional, do próprio Deus e, logo, da redução da maioridade penal. O que esses defensores realmente desejam é usar a insegurança e violência pública para ter apoio popular e financeiro suficiente nas suas escaladas em nome de Deus, na possessão dos pináculos do poder de Brasília. 

Créditos da foto: Jerry Worster
 

terça-feira, 16 de junho de 2015

O povo não é bobo

por Mauricio Dias  -  publicado 13/06/2015 08h12 

 
Uma pesquisa Ibope, escondida pela mídia, revela que muitos brasileiros veem o jornalismo empenhado em aderir ao “quanto pior melhor” 
 

Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Fotos Públicas pelé-rosa-dos-ventos
Durante a ditadura no Brasil, o Rei Pelé lançou um
édito: "O povo brasileiro não está preparado para votar".

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, fora das quatro linhas onde conquistou, por méritos, o título de rei do futebol, pisa na bola com frequência. Ainda agora se meteu no escândalo da Fifa e manifestou apoio a Joseph Blatter, presidente renunciatário daquela entidade internacional corroída pela corrupção.

Nem de longe, no entanto, essa foi a pior interferência do jogador nas questões políticas. Durante a ditadura no Brasil, o Rei Pelé lançou um édito: “O povo brasileiro não está preparado para votar”.
Pelé fez um golaço. Daquela vez, já fora de campo, um golaço contra.

O eleitor brasileiro, ao contrário do que pensa Pelé, tem muito mais acertos do que erros, levando em consideração, por exemplo, as 11 eleições presidenciais diretas ocorridas ao longo dos últimos 70 anos da República. Sobre isso ele nada sabe e, para opinar, deveria saber. A afirmação de Pelé reflete a posição daqueles observadores movidos, em geral, pela ignorância ou pelo preconceito.

O povo não é bobo. A mais recente comprovação da correta percepção popular está nos números de uma pesquisa Ibope, feita em maio, sobre temas políticos e administrativos. A mídia silenciou sobre o assunto quando bateu de frente com a resposta dada à seguinte questão proposta ao entrevistado:

“A imprensa brasileira mostra o País numa situação econômica mais negativa do que a que percebo no meu dia a dia”.

O Ibope admite a influência da mídia “no sentimento de pessimismo dos brasileiros”. O instituto apoia-se no expressivo número de 41% dos entrevistados que acreditam nisso. Ou seja, “a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa” do que parece ser.

Existe uma crise econômica inegável e o jornalismo não é por natureza mensageiro da bem-aventurança. É de Rubem Braga, o grande cronista, uma afirmação radical sobre isso: felicidade não dá manchete.

Apesar do bombardeio diário contra o governo, muitas vezes sem comprometimento com os fatos, desponta na resposta da maioria da população a restrição ao papel da mídia. Ela parece torcer contra e jogar na posição do quanto pior melhor.

Os entrevistados reconhecem isso. Por outro lado, andam, porém, mergulhados na descrença sobre o futuro do País porque vê e sente o desemprego em crescimento e a inflação em alta.

Entretanto, o problema neste caso não está contaminado pelo viés político-ideológico.

A mídia tem o direito de ser conservadora, reacionária ou o que mais quiser. Só não pode ser desonesta e esconder do leitor um fato, como o agora relatado, no fundo da gaveta




sexta-feira, 12 de junho de 2015

Redes sociais deram voz a legião de imbecis, diz Umberto Eco

Em Turim -
 
Crítico do papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, o escritor e filósofo italiano Umberto Eco afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".

A declaração foi dada nesta quarta-feira (10), durante o evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália.

"Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel", disse o intelectual.

Segundo Eco, a TV já havia colocado o "idiota da aldeia" em um patamar no qual ele se sentia superior. "O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade", acrescentou.

O escritor ainda aconselhou os jornais a filtrarem com uma "equipe de especialistas" as informações da web porque ninguém é capaz de saber se um site é "confiável ou não".
 
 
 

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Em artigo, New England Journal of Medicine elogia o SUS

Documento exalta o Programa Saúde da Família, apresenta o Sistema Único de Saúde (SUS) e faz avaliações positivas sobre a saúde pública brasileira
 
Em artigo, New England Journal of Medicine elogia o SUS
 
 
Por: Agência PT, em 9 de junho de 2015 às 09:52:00

Uma das publicações científicas mais importantes e mais prestigiadas sobre medicina em todo mundo, o The New England Journal of Medicine, publicou, nesta semana, um artigo em que apresenta o Sistema Único de Saúde (SUS) e faz avaliações positivas sobre a saúde pública brasileira.

“O Brasil tem feito rápidos progressos rumo à cobertura universal da população através de seu sistema nacional de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS)”, avalia a publicação.

“Como muitos sistemas de saúde, o SUS se esforça para atender às novas necessidades de uma população que envelhece rapidamente e para cumprir o seu mandato constitucional de alcançar o acesso equitativo aos serviços para todos os cidadãos”, diz o texto.

O artigo relembra que todos os serviços de saúde oferecidos pelo SUS são financiados com recursos públicos, inclusive medicamentos. O texto também apresenta informações relevantes sobre o Programa Saúde da Família. Em 1998, segundo dados da publicação, o Brasil contava com 1 mil equipes no programa, incluindo agentes de saúde de 60 mil comunidades que prestavam serviços a 7 milhões de pessoas, o correspondente a 4% da população.

Em 2014, ainda de acordo com o artigo, o número de funcionários passou para mais de 265 mil agentes comunitários da saúde, além de 30 mil equipes de saúde bucal que, juntas, servem 120 milhões de pessoas, ou seja, 62% da população brasileira.

“Numerosos estudos mostraram que a expansão das equipes de saúde de família tem resultado em melhorias na saúde infantil, incluindo reduções grandes e sustentáveis na mortalidade infantil, e, em particular, a mortalidade pós-neonatal por diarréia e infecções respiratórias”, explica o artigo.

“Entre os adultos, a expansão das equipes de saúde da família tem sido associadas à redução da mortalidade por causas cardiovasculares e cerebrovasculares, grandes reduções nas taxas de internação por condições sensíveis ao cuidado ambulatorial, e as taxas reduzidas de complicações de algumas doenças crônicas, como diabetes”, completa o texto.

Apesar das conquistas dos últimos anos, o The New England Journal of Medicine reconhece que a saúde pública brasileira ainda deve avançar em alguns setores, como o da tecnologia.

“Novas propostas incluem o desenvolvimento de registros nacionais de saúde eletrônicos e maior acesso a ferramentas de diagnóstico na atenção primária”, explica.

No entanto, mesmo com algumas deficiências, o sistema público de saúde brasileiro é, para a publicação, exemplo para as nações. “O mundo pode aprender algumas lições da experiência brasileira”, defende.

“Em primeiro lugar, os cuidados primários com base na comunidade podem funcionar se feitos corretamente. Exige um plano sólido, geração de evidências e projetos-piloto, uma visão de longo prazo, e o compromisso de manutenção financeira e política”, explica o artigo.

“Por fim, a construção de um sistema de cuidados de saúde primários robusto é mais do que um exercício burocrático; no Brasil, tem requerido movimentos sociais e compromisso profissional de longo prazo”, finaliza o texto.

Leia o artigo, em inglês, na íntegra.


 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Ibope aponta que brasileiros desconfiam da imprensa sobre questões econômicas

Redação Portal IMPRENSA | 02/06/2015 13:30
  
Uma pesquisa do Ibope publicada na última sexta-feira (29/5) aponta que 41% dos brasileiros acreditam que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a própria população percebe. Cerca de 28% discordam dessa posição. 


                                          Crédito:Divulgação
Pesquisa mostra que brasileiros desconfiam de notícias sobre economia
 
De acordo com o colunista José Roberto de Toledo, do Estadão, mesmo tendo responsabilidade, o "mensageiro deve ser poupado" de tal estatística. "Não adianta o governo culpar o mensageiro. Para injetar otimismo, só criando uma perspectiva de melhora da economia. Contra a crise de pessimismo de 1993, Itamar e FHC lançaram o Plano Real. Dilma e Joaquim Levy estão tentando com o ajuste fiscal", disse.
 
Além da insatisfação com a imprensa, a pesquisa mostrou que 48% dos brasileiros estão pessimistas com o futuro do país, em relação à economia e à insatisfação com a presidente Dilma Rousseff, contra 21% que se declaram otimistas.
 
Inflação 
O estudo realizado pelo Ibope também relatou que 43% dos entrevistados acreditam que a inflação de hoje é a maior que a do primeiro mandato de FHC. Os apontamentos também ressaltam que 37% da população acredita que a inflação atual está acima dos 8%.