11/01/2016 16h27
- Atualizado em
11/01/2016 17h44
Rúbia Rodrigues mora há três anos em Connecticut e precisa de tratamento.
Jovem sofreu um grave acidente de bicicleta e teve traumatismo craniano.
Gabriela Lago
Amigos e parentes fazem campanha na internet para ajudar a trazer Rúbia de volta ao Brasil (Foto: Arquivo Pessoal) |
Amigos e parentes da brasileira Rúbia Letícia Rodrigues, de 32 anos,
tentam arrecadar US$ 100 mil (cerca de R$ 400 mil) para trazê-la de
volta ao Brasil, após um grave acidente. A jovem mora há três anos nos
Estados Unidos e ficou com sequelas depois de sofrer traumatismo
craniano.
"Ela está acamada com poucos movimentos nos membros. Os braços não
esticam mais, as mãos ficam fechadas e os pés estão tortos", conta o
irmão dela Rômulo Celso Rodrigues, de 33 anos.
A campanha está sendo feita nas redes sociais e um site para arrecadação foi divulgado para quem quiser contribuir.
Rúbia é de Paraíso do Tocantins,
mas mora há três anos na Cidade de Brigdeport, em Connecticut. A jovem é
praticante de esportes ao ar livre desde a infância e a paixão dela é o
ciclismo. Nos EUA, ela trabalhava como diarista.
Acidente
Mas a vida de Rúbia mudou completamente no dia 7 de setembro de 2015. Ela andava de bicicleta com o namorado em Fairfield quando caiu e bateu com a cabeça no meio-fio.
Mas a vida de Rúbia mudou completamente no dia 7 de setembro de 2015. Ela andava de bicicleta com o namorado em Fairfield quando caiu e bateu com a cabeça no meio-fio.
Diagnosticada com traumatismo craniano, Rúbia passou por três cirurgias
e atualmente depende de cuidados de enfermeiras e parentes. Mesmo com
todos o tratamento recebido, segundo Rodrigues, as sequelas são graves.
"Por não fazer fisioterapia intensa, ela está sofrendo contração
muscular e os membros estão retraindo."
Rúbia ficou em estado grave após acidente (Foto: Arquivo Pessoal) |
Os US$ 100 mil que a família tenta arrecadar serão usados para pagar o
transporte da jovem de volta ao Brasil, que precisa ser feito em uma
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea.
Rodrigues explica que além do dinheiro para o transporte, a família
precisa de ajuda para pagar as despesas do tratamento como medicamentos,
fraldas e dieta.
"Rúbia está internada no Saint Vincent Hospital, na cidade de
Brigdeport, onde mora. Ela já foi liberada para a alta, mas agora
precisa de terapia intensiva com fonoaudióloga e fisioterapia."
Agora a família tenta um hospital no Brasil. "Como não conseguimos uma
clínica nos EUA e o transporte para o Brasil é caro, estamos buscando
por um local de recuperação aqui que seja público", explica o irmão.
"Estamos dependendo do fundo para transporte e da vaga em uma
instituição pública. De acordo com a arrecadação, talvez possamos
conseguir um local de recuperação nos EUA mesmo", diz Rodrigues.
Recuperação
O estado de Rúbia é estável, mas ela apresenta sequelas que podem ser
irreversíveis ou não. Os médicos disseram à família que a recuperação
levará de dois a cinco anos.
"A resposta só virá com o tempo. Ela fala algumas coisas, sempre de
forma muito baixa, repete muitas coisas e apresenta um nível pequeno de
consciência. Ela não reconhece as pessoas", diz o irmão.
Rúbia é apaixonada por esportes ao ar livre desde a infância (Foto: Arquivo Pessoal) |
Rúbia depende de cuidados durante tempo integral. A mãe e um outro
irmão dela foram para os EUA ajudar no tratamento. Rodrigues conta que a
família recebe muito apoio do namorado da jovem.
"Minha mãe fica com ela 24 horas. Quem acompanha e ajuda é o namorado,
que apesar do pouco tempo que a conhecia, não deixou de vê-la em nenhum
momento desde o dia do acidente", diz o irmão de Rúbia.
Apesar da difícil situação em que a jovem se encontra, Rodrigues é
otimista quanto à recuperação da irmã. "Rúbia é uma menina muito querida
porque sempre foi generosa. Vejo o carinho e a quantidade de amigos que
ela tem, tanto aqui como nos EUA", disse.
Rúbia é de Paraíso do Tocantins, mas mora há
três anos no EUA (Foto: Arquivo Pessoal)
|
"Ela já sofreu muito, passou por momentos muito dolorosos e está sendo
muito forte. Acredito que ela possa um dia agradecer a tudo e a todos
que já ajudaram e continuam ajudando."
Segundo o irmão, Rúbia foi morar nos Estados Unidos porque conheceu um
rapaz pela internet. Ela foi visitá-lo, gostou do lugar e acabou
ficando. Em Brigdeport, ela morava com um casal de amigos, a convite.
Queda
Rúbia e o namorado estavam andando de bicicleta quando, próximo ao destino, o namorado que estava na frente olhou para traz e viu a jovem já caída no chão, tremendo e sangrando muito.
Rúbia e o namorado estavam andando de bicicleta quando, próximo ao destino, o namorado que estava na frente olhou para traz e viu a jovem já caída no chão, tremendo e sangrando muito.
A ambulância foi chamada e chegou rapidamente ao local. Alguns
procedimentos foram feitos e Rúbia foi levada para o hospital. Os
médicos diagnosticaram que ela havia sofrido um traumatismo craniano.
A jovem passou por uma cirurgia para retirada de um coágulo e um dreno
foi colocado. Rúbia foi deixada em coma induzido. Alguns dias após o
procedimento, os médicos detectaram que ela tinha sofrido um derrame.
Novamente Rúbia foi levada para a mesa cirúrgica e teve uma pequena
camada do cérebro retirada. Depois da segunda operação, o dreno foi
removido e a sedação dela foi diminuída após uma semana.
Foi então que algo mais grave aconteceu. Os médicos detectaram uma
inflamação pulmonar, que acarretou em uma parada cardíaca. Um
procedimento de reanimação foi iniciado e Rúbia demorou quase cinco
minutos para ser reanimada.
A jovem ficou com um nível de oxigênio abaixo do mínimo, o que provocou
a falta de oxigenação no cérebro, que por sua vez deixou as diversas
sequelas que Rúbia vem enfrentando.
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