Do UOL, em São Paulo
A Polícia Militar do Paraná desmentiu
a informação de que soldados foram presos após se recusarem a
participar da contenção de manifestantes em frente à Assembleia
Legislativa do Paraná na tarde de quarta-feira (29). "Não houve recusa e
não houve prisão de policiais militares", afirmou nesta quinta-feira
(30) a coordenadora de imprensa da corporação, Márcia Santos.
Veículos de imprensa noticiaram a recusa e a prisão, inclusive o UOL, que reproduziu reportagem do "Estadão Conteúdo". Na
versão impressa de hoje, o jornal "O Estado de S. Paulo" diz que
"fontes ligadas à polícia chegaram a informar que 17 policiais foram
presos por se recusar a participar do cerco. Posteriormente, o Estado
negou a informação, mas a OAB do Paraná prometeu investigar".
Além da Polícia Militar, o presidente da Associação dos Praças do
Estado do Paraná, o sargento aposentado Orélio Fontana Neto, e a OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná, por meio de sua assessoria de
imprensa, disseram que a informação sobre a recusa e a detenção de PMs
não se confirmou.
De acordo com o governo do Paraná, 20
policiais militares ficaram feridos ontem. Houve divergência a respeito
da quantidade de manifestantes machucados. Para o governo estadual,
foram 40 feridos. Para a Prefeitura de Curitiba, pelo menos 160
manifestantes se feriram.
A Polícia Militar rebateu a crítica sobre o "uso desproporcional" da força na ação
que impediu a entrada de manifestantes na Assembleia Legislativa do
Paraná, em Curitiba, durante a votação de um projeto que muda regras
previdenciárias no Estado.
O governador do Paraná, Beto Richa
(PSDB), que obteve na Justiça o aval para impedir a entrada de
manifestantes na sede do Legislativo, defendeu a ação da PM e a atribuiu a violência à ação de black blocks.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública e
Administração Penitenciária do Paraná informou que os 13 manifestantes
detidos ontem foram soltos. Ainda de acordo com a assessoria, os detidos
eram professores e servidores públicos e não havia black blocs no
grupo.
Os detidos tiveram de assinar termos circunstanciados e
serão investigados. Com eles, a polícia disse ter apreendido coquetéis
molotov, paus, pedras e barras de ferro.
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